Bookcrossing

domingo, abril 20, 2008


O esquema é o seguinte: você abandona um livro em um lugar público para que alguém possa lê-lo, e os outros continuam esse processo para que o livro siga adiante. Antes de abandoná-lo nas paradas de ônibus, shoppings, metrôs ou um lugar público da sua escolha, você cadastra a obra no site do bookcrossing para rastreá-la e põe uma dedicatória carinhosa para que quem pegue o livro tome conhecimento do projeto. Esse é o bookcrossing, idealizado pelo americano Ron Hornbaker.


O que Ron tinha na cabeça quando começou o bookcrossing? Algo muito simples, mas que por vezes parece ser complicado: a democratização da leitura. Em mundo tão cheio de informação e tão pouca difusão livre, oferecer um livro guardado no armário é uma socialização de conhecimento. Além disso, contribui para o desenvolvimento do país. Quanto mais cultura, mais desenvolvimento civil, acadêmico e político do lugar.

O bookcrossing ("cruzamento de livros" - sem tradução por português) surgiu em 2000 e logo se tornou um projeto global. O site oficial (esse aqui) conta com mais de 600 mil pessoas de 130 países e quase 5 milhões de livros registrados. Um dos países onde o movimento é mais forte é na Itália. Em Portugal, onde o movimento também é expressivo, fizeram um site visando informar todos os países com a língua portuguesa sobre a iniciativa.

No Brasil, o projeto existe desde 2003 e tem poucos adeptos. Muitos têm se perguntado se o bookcrossing funciona por aqui. Os mais pessimistas dizem que em nosso país uma coisa como essas não segue adiante, pois muitos dos livros doados pro projeto acabam nos sebos. Acreditando ou não, só vai se saber quando se tentar em maior escala. E que essa tentativa -- que não tem como piorar a situação do leitora do Brasil -- traga um lugar mais cidadão e informado, como tem de ser.

Veja também:

- Phototag: projeto inspirado no bookcrossing onde os associados deixam uma câmera fotográfica com alguns cliques e quem pega a câmera dá um clique a mais, abandonando a câmera logo em seguida.

1 comentários:

MARTHA THORMAN VON MADERS disse...

Esta história do livro é fantástica.Adorei.